sexta-feira, 4 de junho de 2010

"...Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos
todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas
as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação."
Mario Quintana



Esse, é um dos poemas mais clichês que ainda rolam por ai nos dias atuais, mesmo tendo sido criado a um bom tempo atrás. Não vou entrar em detalhes quanto ao autor pois desconheço totalmente ele e seu estilo de escrever. Nunca fui fielmente apaixonado por livros e leitura, menos ainda por poemas.
Mas o que cito acima, realmente me faz parar para pensar e refletir: o amor sempre foi e sempre será igual.
Desse poema todo, três malditas frases me chamaram a atenção.
"Um dia percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer...", "Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..." e "Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijar todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...".
Digo malditas frases não por que foram mal utilizadas aqui, mas sim por que me fazem lembrar de coisas que passei com minha ex-namorada.
Esse tempo que passei com ela, cerca de 3 meses, foi longiquamente distante de ser considerado maldito. Para mim, acho que foram os 3 melhores meses que já consegui desfrutar ao lado de uma pessoa. Talvez pelo fato de que ela é totalmente diferente de todas (a frase de ser comum não me causa mais efeitos) que já me apaixonei. Talvez pelo fato de que ela tem bom gosto em todas as suas escolhas. Talvez pelo fato do seu rosto inteiro combinar com sua feição, que na maioria das vezes, me remetia uma imagem serena e sincera.
Ela gostava de mim pelo fato de eu acalmá-la, porém eu a protegia. Claro que também a acalmava, mas protegia. Eu me sentia como um abraço numa fria tarde de inverno. Um uísque 12 anos, daqueles que desce rasgando a garganta, quando era necessário aquecer numa noite fria de inverno. O mais engraçado é que na última vez que nos vimos, nós nos beijamos (vale ressaltar que aqui não estavamos mais juntos). Não sei como ela encarou aquilo, mas pra mim ficou como uma frase de uma música do Nenhum de Nós.
"Esse foi um beijo de despedida". E realmente foi, o almoço programado para dois dias seguintes não aconteceu, fui embora antes.
E aquele fogo que ia me aquecendo derepente se apagou, não repentinamente, mas se apagou.
"Confesso foi chuva de verão". E foi nessa estação que tudo começou. Na verdade, primavera.
Tenho uma grotesca memória, e consigo lembrar exatamente o que eu estava fazendo meia hora antes de conhece-lá, onde eu estava, e ainda consigo ouvir a garota falando: "Quem? Aquele ali?".
Lembro-me bem também da noite em que ela me disse (não nessas exatas palavras): "Nesse exato momento, estou esperando que alguém tome o seu rumo, para eu tomar o meu. E os nossos caminhos podem ser os mesmos."
Não exitei, pois sabia que ela era a garota certa. E realmente era, e foi, e confesso que por vezes ainda acho que é.
Sim, elas tem um instinto caçador. E essa, especialmente, tem o seu extinto selvagem (o extremo do extinto caçador) a flor da pele. Ama aventuras, ama ver coisas diferentes, ama pessoas diferentes.
"Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..." e "[...]Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..." tem o mesmo sentido. Creio que, PARA SEMPRE (e não exito em falar em alto e bom tom), eu serei para ela, lembrado como O Pequeno Príncipe, e ela será para mim, lembrada como La Petit Poupet.
Sim, ainda guardo a foto que ela me deu na carteira, e aquela camisa que ela fez conservo com tanto carinho, e ainda a uso por vezes.
"Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijar todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...", e por assim ficou. Nâo realizei com ela todos os meus sonhos nem disse tudo que tinha para dizer.
Não vivi quase um século ao lado dela, mas sim quase um trimestre. 3 meses. Os 3 melhores meses que eu tive com alguém ao meu lado.
Daqui 1 mês a verei quase todo dia. Daqui 1 mês, EU terei a chance de tentar refazer as coisas que EU errei. Daqui 1 mês, ela terá todo o direito de não querer mais olhar para a minha cara, nem me cumprimentar, fazer o que quiser fazer.

Recordar é viver, e recordar coisas boas é viver eternamente na mente das pessoas. Erros sempre temos a recordar, e pesam muito mais que uma coisa boa.
Porém, cabe a você fazer a distinção entre o que vale recordar. Uma boa lembrança lhe marcará pelo resto da vida, e lhe fara feliz, nem que seja instantaneamente.
Uma má lembrança lhe fará "fechar a cara", e ficaras triste, de certa forma pesado.
Recorde, e viva.

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