segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Tenho fobia do tempo. Olho pela janela e o céu só me apresenta o cinza. Não é por que só quero enchegar o cinza, mas ele não me apresenta nada mais belo.
Mas de nada me adianta um céu azul, um sol radiante e um calor constante. Quero frio, quero tudo branco. Um pouco de neve não me mataria, e ao menos faria radiar todas as cores, muito mais intesamente do que o cinza do céu o faz.
Não posso fazer a beleza, pois ela depende da natureza. Posso criar, reinventar, mas não fazer. Já foi feito. Além do que, o que é belo aos meus olhos pode (e não é) não ser belo aos olhos dos outros.
Como diz Exupéry, o essencial é invisível aos olhos.
Tic-tac, tac-dom.
Olho pela janela, vejo só carros voando, pessoas pairando, aviões podando. Vejo o desespero de cada um em seus olhos, vejo que eles anseiam por liberdade, por amizade, por vida. Vejo o pranto imaculado de um santo ser afogado pelos gritos vorazes dos homens, que só sabem culpar e reclamar.
Me sinto um lixo. Mas não pelo que sou, sim pelo que somos. A humanidade fede.
Queria eu ter a chance de mudar a cabeça de cada ser, e moldar. Ah! Que tranquilo seria. Que beleza seria.
Nem mais sei se devo ou não me apaixonar, se devo ou não acreditar, se devo ou não... Viver.
Se todos se esqueceram disso, para que relembrar e acordar nesse terreno pútrido que andam, podam e voam tudo e todos?

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Como disse a raposa: Vês lá longe, o escuro céu da noite? Eu aprecio as estrelas, mas pouco aprecio o céu. E isso é triste. E o teu cabelo, mesmo não sendo negro, me lembrara o escuro do céu. Então será maravilhoso quando me tiverdes cativado. O céu que é negro fará lembrar-me de ti. E eu apreciarei cada olhar para ele....

Viva

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Meu caro, me perdoe.
Eu não sei o que faço, acho que apenas posso sentir.
É cedo para isto? Não sei, acho que não. É cedo para dizer algo? Não sei, acho que sim.
Peço perdão ao meu coração por flagelá-lo de tal forma. Peço perdão a minha razão por deixá-la tão sem sentido.
Me sinto leve, me sinto bem.
Sinto que algo flui dentro de mim, e esse algo é ela que me proporciona.
Não quero dizer que te amo, não quero nem dizer algo mais.
Porém, o teu adorar me fez dormir mais feliz.
O deu adorar, me fará viver mais feliz.

Nessas horas, me sinto como o Pequeno Príncipe, e te sinto como a Raposa.
Eu, louco corro atrás de saber o que é cativar. E tu, serenamente me explica passo pós passo o que é cativar.
Obrigado, minha menina.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

E olha lá... o coração besta volta a ativa. São coisas que se escondem dentro do tum-tum do tamborim que me conduz a vida, seguindo esse ritmo sem ritmo, essa valsa sem passo.
Quem me dera ter teu calor, quem me dera...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

E ai só ouvi o barulho, nada mais. Na hora até pensei: mas que diabos é isso? Claro, como sou humano, fui procurar. É um tal de puxa, abre, fecha. E bem cansado já, olhei pela janela a procura da resposta, quando me deparo com ele.
Desfigurado, pulsante, prestes a morrer.
Ouvi ele sussurando para mim: Por favor, me ajude.... Só tu podes...
Logo eu perguntei: Mas quem é tu? Que queres de mim?
Então ouvi: Eu sou o que muitos procuram encontrar, mas poucos admitem. Estou presente no que se sente, e no que não se vê. Sou o perto e o longe, o não e o sim, o querer e o poder. Sou tudo, porém sou dependente de você.
Dizendo isto, ele fechou os olhos e parecia que estava no seu fim. Mas não, de repente, os abriu novamente e falou.
'Sou o amor.'

terça-feira, 9 de novembro de 2010

'Não tenho na cabeça, e nem no coração,
Não tenho nada por sapatos, a não ser o passo.
Nesse país de pouca renda, senhoras costurando,
Pela injustiça vou rezando, da Bahia ao Espírito Santo.

Brasília tem suas estradas,
Mas eu navego em outras águas.
E como começo de caminho, quero a unimultiplicade.
Onde cada homem é sozinho, na casa da humanidade[2x]'