quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ah! Foda-se, esse sou eu:
Um cara morno, chato, irritante, calado e capitalista.
Capitalismo me irrita acima de tudo, essa necessidade imaculada por dinheiro que 99% da população parece ter. Não sou diferente.
Alias, sou diferente. Tenho meus milhares defeitos, defeitos esses que me fazem odiar a mim mesmo, e a ti.
Não consigo ser estável em algo. Não espere uma decisão concreta e absoluta de mim. Eu sei que não vou conseguir fazer isso. Raramente dou o primeiro passo a alguma coisa, e quando o faço, não sei dar o segundo.
Pensei centenas de vezes em me matar. Melancólico não? Não! Verdadeiro.
Não me escondo atrás de mentiras escritas, contadas ou lidas. Não me encaixo no seu grupo, no seu e no seu. Desde pequeno, nunca fui muito adorado pelas pessoas no colégio. Me sentia uma ovelha negra, e constantemente fazia de tudo pra chamar a atenção. Hoje em dia sou fechado, quieto, morno, chato, calado e capitalista.
Se você conversar por mais de uma semana comigo, e ainda tiver assunto, sinta-se único! Odeio interações sociais, pessoas são falsas demais. Elas sorriem, mas vire as costas e saberás (ou não) o que elas realmente tem a lhe falar. Amo meu cachorro (cujo necessita apenas de atenção, comida, e amor para retribuir apenas amor, não se importando com minha cor, raça, orientação sexual e religião) e um pouco meus amigos. Acho que nunca terei um amor e nunca realmente me apegarei a alguém. O que sinto é uma leve sensação de conforto em relação a pessoas. Conforto esse que se justifica no fato de que vou e volto da vida de qualquer um a qualquer momento que eu entenda que isso é necessário.
Nem sempre me aceitam, então vou e não volto mais na vida de muitos.
Não faço tipo. Não fui com a tua cara, não fui e pronto. Quer que eu vá? Comece a mudar meus conceitos sobre sua pessoa. E se de fato gostei de você, faça merda e terás minha total neutralidade, quem sabe até o ódio.
Busco um por que da vida, e busco o meu lugar ao sol. Faço promessas que dificilmente vou cumprir, e digo coisas sem pensar. Não tenho medo se você vai se magoar. Não tenho medo se você vai se chatear. Após o erro, peço desculpas. Se aceitas, volto atrás e tento não errar mais. Se não aceitas, obrigado por esse tempo comigo, agora foda-se.
Não vais arrancar um sorriso verdadeiro de meu rosto se eu realmente não gostar de você. Fale uma besteira e eu vou rir escandalosamente, mas não verdadeiramente.
Entendo que pessoas não precisam de conversas vigorosas e calorosas se não conseguem se entender no silêncio de um olhar. Alias, prefiro linguagem corporal do que linguagem verbal. Muito mais sucinta e objetiva.

"Caí em meu patético período de desligamento. Muitas vezes, diante de seres humanos bons e maus igualmente, meus sentidos simplesmente se desligam, se cansam. E eu desisto. Sou educado. Balanço a cabeça. Finjo entender, porque não quero magoar ninguém. Este é o único ponto fraco que tem me levado à maioria das encrencas. Tentando ser bom com os outros, muitas vezes tenho a alma reduzida a uma espécie de pasta espiritual.
Deixa pra lá. Meu cérebro se tranca. Eu escuto, eu respondo. E eles são broncos demais para perceber que não estou mais ali."

Pessoas me cansam. Seres são comuns e fúteis. Ser social me cansa. Não gosto de sorrir, não gosto de chorar. Sou neutro quanto a religiões. Acredito em força superior como uma lei, e não como seu deus, alá, e tantos outros nomes atribuídos à mesma.
O mundo seria muito melhor se fôssemos mais animais, e menos humanos (uma leoa nunca abandona seus filhotes ao relento). O mundo seria muito melhor se fôssemos todos mudos e surdos, porém se soubéssemos compreender emoções. Poluição sonora me afeta muito, e muito mesmo. Por culpa dela, não tenho um momento de descanso, não durmo mais bem a noite, nem me concentro em nada. Músicas calmas e tranqüilas fazem o meu gosto. Frases clichês ainda se adequam a minha personalidade. Os que menos falam e mais fazem são os que realmente merecem uma chance, por isso, por aqui paro e volto a viver nesse planeta sujo e covarde, com as minhas preocupações.

Eu amo o mundo. Amo respirar o verde das plantas, o azul do céu, o incolor do vento. Gosto das muitas cores que existem na natureza, essa que os malditos homens já destruíram quase que por completo.
Como o pequeno príncipe, sou um pequeno descobridor. Culturas, línguas, países, músicas, filmes, sentimentos.
Ninguém é rei do mundo, nem dono dele. Eu sou dono do meu mundo, sou dono do que me cerca, sou dono do que me convém. Sou dono das minhas idéias, dos meus sentimentos e pensamentos e emoções. Sou dono das minhas decisões.
Ainda saio pelo mundo como um pequeno descobridor que eu já disse que sou.
Finlândia, Islândia, Noruega, Dinamarca, Espanha, Portugal, Alemanha, França, USA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, entre outros.
"Descobridor dos sete mares, na verdade eu sou feliz."
Sou feliz como sou, e sou como sou.
Viva.

Um comentário:

  1. Oi, li seu blog, e não sei porque gostei.E é isso so queria dizer que li seu blog.

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