Barulho demais só atrapalha
a mente,
e inquieta
o
coração.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
primavera se foi.
se foi, prima vera.
fiz uma canção pra ela, primavera
sobre a saudade que sinto dela, prima vera.
ah primavera, se tu soubesses a saudade que faz em meu jardim...
se apenas disso tu soubesses, de certo não teria se ido.
prima vera.
tuas cores tão marcantes, primavera
tuas flores em roda, ao pé dos santos.
de cores vermelhas desbotadas, e mesmo assim tão vivas.
e o verde da natureza, em nosso entorno
que falta faz tu primavera.
prima vera.
se foi, prima vera.
fiz uma canção pra ela, primavera
sobre a saudade que sinto dela, prima vera.
ah primavera, se tu soubesses a saudade que faz em meu jardim...
se apenas disso tu soubesses, de certo não teria se ido.
prima vera.
tuas cores tão marcantes, primavera
tuas flores em roda, ao pé dos santos.
de cores vermelhas desbotadas, e mesmo assim tão vivas.
e o verde da natureza, em nosso entorno
que falta faz tu primavera.
prima vera.
sábado, 26 de outubro de 2013
Nada mais faz sentido.
Não sei o que sou, nem no que me transformei.
Não sei o que vai ser de mim, nem o que eu farei.
Onde está aquela mente brilhante?
Onde está aquele sorriso radiante?
Onde foi parar aquele garoto tão promissor?
É como um vício.
É como droga.
E agora, passo noites e noites
escrevendo, pensando, lendo
bebendo, fumando
enfim
sendo eu
sem saber quem
sou
eu.
Não sei o que sou, nem no que me transformei.
Não sei o que vai ser de mim, nem o que eu farei.
Onde está aquela mente brilhante?
Onde está aquele sorriso radiante?
Onde foi parar aquele garoto tão promissor?
É como um vício.
É como droga.
E agora, passo noites e noites
escrevendo, pensando, lendo
bebendo, fumando
enfim
sendo eu
sem saber quem
sou
eu.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
domingo, 4 de agosto de 2013
Lá fora
carros passam, o som
de crianças e pássaros
passam além do que se vê.
Lá dentro
o tempo passa, de novo
e de novo até não mais.
Cansado e acometido
sofrimento incontido
se põe um fim, ao fim de tudo.
Há mortes que não se contam,
há suicídios que não se encatam,
e onde havia o tudo, hoje
jaz o nada.
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
"Vai lá cara, toma 20 segundos de coragem e diz tudo o que sente pra ela."
Quem me derá fossem só 20 segundos de coragem que eu precisasse para dizer a ela tudo o que penso, tudo o que sinto, tudo o que pulsa aqui dentro. Não é assim tão simples, não pra mim. E não por ela. Há tempos ela me pergunta "cade tua inspiração?" e há tempos respondo "cade tu?"
Há tempos que espero o tempo me mostrar o que vive dentro dos 20 segundos. Há tempos que espero o tempo me mostrar o que se vive em 20 segundos.
E quando nem todo o tempo do mundo me mostrou, 20 segundos irão? Quiçá... quem há de saber, além do tempo?
Mas se é pra abreviar, que abreviemos então.
O que sinto por ela, em 20 segundos: falta, saudades, medo, esperança, distância, uma pontinha de amor, uma pontinha de insanidade, e quem sabe mais o que?
Não espero que sinta o mesmo por mim, ela tem espírito livre, sagaz, incomparável ao meu. Ah... adiciona isso ai ao que eu sinto: duvida.
Sinto que eu tinha ela tão perto, por tanto tempo, e por um momento, quase como um estalar de dedos, ela se foi. Medo já tá na lista né?
E de saber quão longe ela tá... puta merda. Distância cara, distância. Maldita palavra. Sinto isso também, que tá lá.
Sei lá cara. Talvez se você me desse uns 20 minutos, umas 20 horas... melhor, uns 20 anos!
Ai sim, ficaria bem mais fácil. E eu não precisaria dizer, eu poderia mostrar, remostrar, e mostrar novamente.
"Mas... como dizer isso em 20 segundos?"
"Isso o que, cara?"
"Nada... deixa pra lá..."
Quem me derá fossem só 20 segundos de coragem que eu precisasse para dizer a ela tudo o que penso, tudo o que sinto, tudo o que pulsa aqui dentro. Não é assim tão simples, não pra mim. E não por ela. Há tempos ela me pergunta "cade tua inspiração?" e há tempos respondo "cade tu?"
Há tempos que espero o tempo me mostrar o que vive dentro dos 20 segundos. Há tempos que espero o tempo me mostrar o que se vive em 20 segundos.
E quando nem todo o tempo do mundo me mostrou, 20 segundos irão? Quiçá... quem há de saber, além do tempo?
Mas se é pra abreviar, que abreviemos então.
O que sinto por ela, em 20 segundos: falta, saudades, medo, esperança, distância, uma pontinha de amor, uma pontinha de insanidade, e quem sabe mais o que?
Não espero que sinta o mesmo por mim, ela tem espírito livre, sagaz, incomparável ao meu. Ah... adiciona isso ai ao que eu sinto: duvida.
Sinto que eu tinha ela tão perto, por tanto tempo, e por um momento, quase como um estalar de dedos, ela se foi. Medo já tá na lista né?
E de saber quão longe ela tá... puta merda. Distância cara, distância. Maldita palavra. Sinto isso também, que tá lá.
Sei lá cara. Talvez se você me desse uns 20 minutos, umas 20 horas... melhor, uns 20 anos!
Ai sim, ficaria bem mais fácil. E eu não precisaria dizer, eu poderia mostrar, remostrar, e mostrar novamente.
"Mas... como dizer isso em 20 segundos?"
"Isso o que, cara?"
"Nada... deixa pra lá..."
sábado, 29 de junho de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
quarta-feira, 26 de junho de 2013
E quem se importaria com tantas reclamações de um jovem depressivo. Quem se importaria com as memórias de alguém que já morreu. Quem se incantaria com o despertar de memórias de outrora, que já não fazem sentido algum.
Quem há de um dia, achar sentido em um ser bucólico e triste. Vazio e solitário.
Um ser assim, tão assim, quanto eu.
Quem há de um dia, achar sentido em um ser bucólico e triste. Vazio e solitário.
Um ser assim, tão assim, quanto eu.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Já
me chamaram de tanta coisa, que não me importo mais. Quiçá ligo lá
para o que dizem. Dia desses porém, um outrem qualquer me avistou de
longe na rua. Um desses moradores de rua, que mal tem o que comer,
mas muito a ensinar.
-
Meu caro, tu tens um jeito tão teu...
Fiquei
assustado prontamente. Nunca vi tal senhor na rua, e
despretensiosamente ele solta uma dessas para mim. Ora lá, quem és
tu pra falar aos quatro ventos quem sou e como sou? Notando minha
estranheza na face, tal senhor prontamente se pôs a falar.
-
Não há de que ficar assim, assustado com o que eu disse. - O
humilde senhor me falou. - Não falei por mal, nem para causar
confusão. Falei por que acho mesmo.
- E
por que chegastes a tal conclusão? - Perguntei. - Nunca me há de
ter notado a tua presença por aqui, onde passo diariamente. Tu
sempre estás aqui?
- Tu
não me vê, por que estás avoado demais em teus pensamentos. Alias,
tu mal reparas em alguém além dela. Quem é ela?
O
que? Mas como assim tal senhor sabia da existência dela? Penso que
nunca comentei nada com ninguém além de poucos amigos, e de longe
tal senhor não parecia fazer parte da mesma roda de amigos e
conhecidos à que faço.
- O
que tu... como tu sabes disto? - Perguntei espantado. - O que tu
sabes dela? O que tu sabes de mim?
- De
ti, sei o que vejo diariamente. Sei que tu te vestes de um jeito
despojado, quase único. Sei que andas com tanta certeza de que o
amanhã não existe, porém se vive do hoje. Sei que a muito procuras
por alguém em algum canto, e te esbarra nas pessoas quando te perde
em pensamentos. Sei que escreves, pois não raro tu passas com um
bloco de anotações no bolso de trás e um lápis apontado as
pressas na orelha direita. Sei que tu anseias por algo próspero no
futuro, mas tanto quanto anseia, vives do presente. Teus passos, por
dias calmo e confortantes, nos outros se reflete em alguém com
pressa, creio eu para encontra-la em algum lugar.
Acho
que, no exato momento, fiquei abismado. Como um senhor, que
aparentemente tão pobre de posses, tinha tanta riqueza na cabeça?
Como ele enxergava tão poucos detalhes, e se apossava de tão
grandes certezas? Certezas essas, absolutas.
-
E o que sabes sobre ela? - Perguntei, ainda com a mesma cara que fiz
quando ouvi as poucas verdades. Mas não esperei uma resposta
concreta, até por que eu pouco sabia. Sabia nada mais além de seu
nome, de onde era e onde poderia encontra-la.
-
Meu caro. Sobre isso infelizmente nada sei, até por que o pouco que
sabes, mal me deixa entender. Mas me diga, tu não estás atrasado?
Vá ao encontro dela, não sei por quanto tempo mais ela te espera, e
me desculpa por te alugar.
domingo, 23 de junho de 2013
Depois de muitas, você
foi a primeira. Depois de tantos anos, você foi a primeira. Eu
sempre pensei que coisas assim eram bobeira, mas sim, você foi a
primeira. E agora que você volta, depois de tanto tempo , tem tanta
coisa nova te esperando em casa, e tem tanta coisa velha, e com tanto
mais valor, que eu prefiro ficar aqui, calado, sem dizer mais nada.
Não é por que eu ache
que vai mudar algo se eu falar, mesmo tendo certeza que não vá. Não
é por que eu esperei esse tempo todo, que eu ache que vai mudar
algo. Pra você, foi só mais um. Pra mim, foi só a primeira. Devo
confessar que sempre achei tolice essa coisa de correr atrás, de
buscar, de tentar. E você foi a primeira. Você foi a primeira que
corri atrás, mesmo depois de tanto tempo. E agora você volta, e
volta, e se decide, e se aquieta, e vive. E eu me aquieto aqui, e
vivo, e espero.
Talvez seja disso que
eu precise. Além de um ano fora, um fim de semana em Londres ou uma
semana em Oslo. Algo que me fortaleça, algo que me mostre, lá de
dentro, que vale sim a pena correr e buscar o que você considera o
melhor pra si. Mas nada disso vai mudar o fato.
Quem sabe, escrevendo
onde ninguém vê, o tempo apague as memórias, as vontades. O tempo
acabe apagando o que um dia foi, e não mais será. Não por que não
quero, mas por que sou realista.
Você, foi a primeira.
sábado, 22 de junho de 2013
- Então...
- Então... né? - Ela riu.
- Como tá?
- Bem, foi tudo bem. E você?
- Não sei, na verdade. - Respondi. Antes mesmo de ela perguntar o por que, pensei em mil coisas. Pensei em tantas coisas, que mal conseguiria dizer para ela uma delas. Minha cabeça é esse tormento de ideias e confusões, de confissões e pensamentos, e... Bem, de tudo um pouco. E depois de alguns segundos, cheguei a conclusão de que o mais fácil é se falar a verdade, e que devo falar. Mas é... uma mentirinha não mata.
- Pensando melhor, estou sim.
- Então... né? - Ela riu.
- Como tá?
- Bem, foi tudo bem. E você?
- Não sei, na verdade. - Respondi. Antes mesmo de ela perguntar o por que, pensei em mil coisas. Pensei em tantas coisas, que mal conseguiria dizer para ela uma delas. Minha cabeça é esse tormento de ideias e confusões, de confissões e pensamentos, e... Bem, de tudo um pouco. E depois de alguns segundos, cheguei a conclusão de que o mais fácil é se falar a verdade, e que devo falar. Mas é... uma mentirinha não mata.
- Pensando melhor, estou sim.
terça-feira, 18 de junho de 2013
De letra em letra,
De gota em gota.
A tinta que pinga da minha caneta, bate no papel e ecoa em nota.
Nota que ecoa em canto, ecoa em pranto.
Da letra, a saudade. Da gota, a parte inteira do escrito.
De resto, o que me resta é sonhar acordado com teu sorriso.
Com a ponta rubra do teu quase cacho,
com o sorriso leve e tranquilo sem o qual me perco.
A distância que outrora foi de tantos passos,
parece pequena, agora, questão de voltas.
Voltas do relógio, voltas da turbina, que acompanho prontamente,
bem cedinho, na aurora da matina.
E assim as voltas se fazem, dia após dia.
Esperando o dia que as voltas se calem,
só no fim,
termina.
De gota em gota.
A tinta que pinga da minha caneta, bate no papel e ecoa em nota.
Nota que ecoa em canto, ecoa em pranto.
Da letra, a saudade. Da gota, a parte inteira do escrito.
De resto, o que me resta é sonhar acordado com teu sorriso.
Com a ponta rubra do teu quase cacho,
com o sorriso leve e tranquilo sem o qual me perco.
A distância que outrora foi de tantos passos,
parece pequena, agora, questão de voltas.
Voltas do relógio, voltas da turbina, que acompanho prontamente,
bem cedinho, na aurora da matina.
E assim as voltas se fazem, dia após dia.
Esperando o dia que as voltas se calem,
só no fim,
termina.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Te acalma! Te acalma que com calma na alma, tudo vai dar certo.
Te aquieta, deixa o tempo passar, tem muita água pra rolar.
Daqui ou do outro lado, te ver me faz mais feliz. Te saber, me faz mais feliz.
Te entender, é algo que sempre quis.
Mas calma, te acalma.
Te acalma e vai na fé, que a fé não falha.
"Que o teu afeto me afetou é fato
Agora faça me um favor"
Te aquieta, deixa o tempo passar, tem muita água pra rolar.
Daqui ou do outro lado, te ver me faz mais feliz. Te saber, me faz mais feliz.
Te entender, é algo que sempre quis.
Mas calma, te acalma.
Te acalma e vai na fé, que a fé não falha.
"Que o teu afeto me afetou é fato
Agora faça me um favor"
domingo, 16 de junho de 2013
4 da manhã novamente. Merda. Todas as noites tem se resumido em café, música, papel e caneta. Olho pra fora, o sol nascendo do horizonte. No som, toca algum rock dos anos 60, 70, 80 ou 90. Não me importo com quem toca, mal ligo até. Só sei que toca. O som me embala, me balança, me encanta. Noite após noite, passo a mesma função. Café, música, papel e caneta. E as ideias se desembrulham como um delicioso chocolate suíço. Sinto fome, 4 da manhã. Nada aberto, merda. O pão acabou mais cedo, e o café me ataca o estômago. Algum carro oficial passa pela rua, sirenes a toda. Mas pra que? Pra acordar quem daqui a pouco já acorda com os primeiros raios de sol? É verão na Irlanda. Aqui o sol nasce as 4 da manhã no verão, e se põe as 11:30 da noite. Nessas horas, ninguém passa nas ruas. Ok, alguém passa, normalmente embriagado. Senta no meio da rua, e começa a cantar alguma coisa em inglês, as vezes até irlândes. Vai entender. Aqui eles bebem mesmo, e não estão nem ai. Só bebem, e são felizes, e chegam as 4 da manhã em casa com vontade de cagar, vomitar, mijar, vontade de morrer. Mas as 9 da manhã essa vontade passa, por que eles tem que trabalhar. É um ciclo. Tudo é um ciclo.
Assim como minha vida, um ciclo. Dia após dia, noite após noite. Durmo amanhã, acordo hoje. Estudo, como, cago (esporadicamente, problemas intestinais me afetam), mijo. E escrevo. Café, música, papel e caneta. Noite após noite.
De repente, no rádio toca alguma coisa dos The Smiths. O café acabou, a comida acabou, e a vontade de cagar cresce. Merda. Hora de partir.
Assim como minha vida, um ciclo. Dia após dia, noite após noite. Durmo amanhã, acordo hoje. Estudo, como, cago (esporadicamente, problemas intestinais me afetam), mijo. E escrevo. Café, música, papel e caneta. Noite após noite.
De repente, no rádio toca alguma coisa dos The Smiths. O café acabou, a comida acabou, e a vontade de cagar cresce. Merda. Hora de partir.
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